
“Como na greve dos caminhoneiros, hoje, o Coronavírus está, novamente, nos levando a adotarmos o Home Office (Teletrabalho) como uma ótima ou, talvez, a única opção para a continuidade dos trabalhos e, desta vez, o período poderá ser bem mais longo.”
Pois é!
Como não nos preparamos antes para uma eventualidade dessas, estamos, mais uma vez, diante do imprevisto – a Diretoria convoca uma reunião e toma a decisão, correta, de colocar todos ou, pelo menos, aqueles cujas funções são possíveis de serem realizadas no “isolamento” das residências dos colaboradores em “home office” ou, como chamado no Brasil, “teletrabalho”.
Mas, é simples assim?
Por ora, tendo em vista os riscos, temos que ser práticos – cumprir a legislação e fazer o “home office” acontecer, assegurando a saúde dos colaboradores e da comunidade e, tendo em vista a urgência, até a burocracia envolvida está sendo repensada pelo governo. Muita coisa está sendo adaptada e flexibilizada de modo a facilitar a adoção deste modelo de trabalho pelas empresas.
Mas… e depois?
Depois, provavelmente, não voltaremos a ser os mesmos. Muitas empresas perceberão o quanto é possível manter essa prática – vão perceber as muitas vantagens, mas, também, entenderão que a prática requer ações de ajuste, e aí, sim, procurarão entender melhor o assunto para fazer as adequações necessárias: preparação dos colaboradores, treinamento dos gestores, ergonomia, mobiliário e tudo o que é necessário para o cumprimento, sempre, da legislação vigente. Mas, em nossa opinião do momento, isso deverá vir depois.
Áurea Grigoletti
Março de 2020