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Você está grávida!

A sensação que esta frase traz é inesquecível. Um misto de medo e deslumbramento.

A partir deste momento, várias decisões e hábitos seus vão definir uma boa parte do futuro do seu filho.

Estudos sérios publicados comprovam que sua alimentação e seu estado emocional podem contribuir para seu bebê ser mais inteligente, mais alto, mais saudável.

Segue um link destes dados http://primeiros1000dias.com.br/

Você começa aqui a viver para outra pessoa e nunca mais você será a mesma.

Seu corpo começa a viver um turbilhão de mudanças hormonais, seus órgãos vão se deslocar para acomodar o crescimento do bebê na sua barriga e a vida não para…. 

A família, o marido, os amigos, a rotina do trabalho, as contas, o plano de saúde, o hospital, o parto, o quarto dele, o berçário, a empregada, a babá, as avós…  Felizes são as elefantas da savana, que têm 22 meses de gestação! Será que seria mais tranquilo? Acho que não.

Hoje, penso que, durante a infância, o que o bebê mais precisa é da paz de espírito da mãe e de seu autocuidado.  Se considerarmos que a expectativa de vida das mulheres brasileiras é hoje em torno de 80 anos, dedicar 1000 dias exclusivamente a esta fase representará apenas 3% da sua existência.  Acreditem, vale a pena!

É óbvio que você continuará se dedicando ao seu filho por toda a sua vida, mas estou falando de um tempo diferenciado, só para vocês dois. Falo sobre diminuir o cortisol (hormônio do stress) aos menores índices, de se alimentar adequadamente, não se preocupar com coisas que só precisarão da sua mente e energia futuramente.

É muito importante uma conversa clara com o pai dessa criança. Ele deixará de ser o centro das suas atenções e, sim, ficará numa posição secundária durante esse período. 

Por mais participativo e afetivo que seja o seu parceiro, por mais que a sociedade esteja conscientizando os homens, quem carrega o filho na barriga, na mente e no coração, durante nove meses, é a mulher.

Primeiro aprendizado: deixe muito claro para o seu parceiro o que você espera dele enquanto gera o filho de vocês. Tenha certeza de que seu parceiro está pronto para essa experiência para que você possa vivenciar a gravidez com leveza. Seu filho agradecerá nascendo calmo, dormindo de noite e com poucas cólicas. Está comprovado que há memória e influência na personalidade da criança, as vivências intrauterinas.

Importante: hoje, graças aos métodos contraceptivos, a maternidade é uma opção e não uma obrigação. 

Há mulheres, quer seja por criação, experiências familiares, um desejo intenso de construir patrimônio, viajar, ou porque não têm o instinto maternal aflorado, sofrem com a dúvida de adiar ou negar a maternidade.  Nestes casos, uma terapia seria fundamental, pois após o nascimento do bebê vem a rebordosa e todos sofrerão: a mãe, o pai, os avós e, principalmente, a criança.

A licença maternidade acabou, e agora?

Para mim, este é um assunto que ainda precisa evoluir e não é fácil…

Se por um lado, a inclusão das mulheres no mercado de trabalho trouxe a elas muitas conquistas como a liberdade de sair de um casamento malsucedido e até menor dependência emocional dos parceiros, a hora que acaba a licença maternidade é que a coisa complica.

Difícil até resumir aqui nesse texto de poucas páginas essa complexidade.

Hoje tenho 66 anos. Comecei a trabalhar aos 19, me casei aos 24, tive dois filhos, trabalhei durante 43 anos.

Na minha história, a maternidade foi razoavelmente planejada. Aconteceu aos 33 anos, quando eu já tinha conquistado um estágio profissional que me permitiu financiar um suporte para meus filhos como uma diarista, um excelente plano de saúde e o indispensável e amoroso suporte dos avós maternos e paternos que viviam próximos a nós. Sem eles, não sei como seria.  Mas, nem todas têm essa sorte, talvez, a maioria não tenha.

Dar sequência à nossa existência é uma questão de todos e universal. Penso que as empresas e os governos têm que evoluir ainda mais nesse suporte.

Existem países na Europa onde a licença maternidade é de dois anos, sendo dividida entre o pai e a mãe, em período corrido ou alternado. 

Há empresas que têm creches dentro do site ou muito próximas. Algumas assumem a construção ou aluguel do imóvel e depois cobram das mães o custo da manutenção e dos funcionários e as melhorias são discutidas e rateadas.

Esse suporte é fundamental pois, no Brasil, as creches públicas são disputadas, não há vagas para a demanda existente e as particulares boas são caríssimas. Muitas vezes, as mulheres desistem de trabalhar porque o custo da creche e transporte é maior do que o salário que ela recebe.

Há aquelas profissionais, bem planejadas e bem-sucedidas na profissão, que podem custear a terceirização de tudo o que é melhor para seus filhotes. Fácil?  Só que não!  Vamos lembrar que no meio dessa operação toda tem um bebê cheio de necessidades de afeto, atenção bem humorada, livre de stress.

E então, não tem solução?!?

Vou me arriscar a dar algumas sugestões:

  1. Maternidade é coisa séria, tem que ser planejada.
  2. Se quer trabalhar, antes de engravidar, conquiste uma posição que te permita financiar algumas facilidades.
  3. More perto dos avós.
  4. Se não tiver uma rede de apoio familiar, pesquise muito e pague a melhor creche que seu salário permitir.
  5. Conscientize seu parceiro de que você e o bebê precisarão dele.
  6. Converse com seu RH sempre que estiver com problemas com seu bebê e, se a empresa te dispensar por este motivo, fique feliz, não era uma boa empresa.
  7. Se a jornada ficar muito pesada e você se der conta que seu psicológico não está ok para seu filho, seu trabalho e seu casamento, busque auxílio terapêutico.
  8. Cuide-se, divirta-se, namore, reserve um tempo para você e seu parceiro. Os avós podem ajudar nisso.
  9. Avalie se a maternidade é um sentimento forte e prioritário para você. Falamos mais especificamente da primeira infância, mas filho é para vida toda.
  10. Pense no seu propósito de vida. Quando se tem filhos, o maior de todos, é criar pessoas saudáveis mentalmente, para que possam tornar esse mundo um lugar melhor para se viver.


Quem assina é uma mãe realizada com sua profissão, apaixonada pelos seus filhos e com um netinho que é o alimento espiritual do seu envelhecimento.

Lenira Azevedo Gonçalves

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