A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E DO EQUILÍBRIO NOS TEMAS ESG
Por: Marcelo Bispo Teixeira
Muito se fala de ESG atualmente, vários mentores divulgando agendas e promovendo cursos e palestras. Eventos e congressos, apresentações, podcasts e diversos setores da economia se ocupando de conhecer e participar do movimento.
Para muito além de uma nova sigla e um novo movimento corporativo, que vai impulsionar eventos, artigos, livros e palestras ao redor do mundo. O tema ESG reúne em si importantes posturas a serem adotadas hoje e que farão parte do nosso mundo nas próximas décadas.
Iniciei minha atuação no segmento há alguns anos, quando o foco era em Gestão Ambiental, Saúde e Segurança (EHS) e movimentava apenas as grandes corporações internacionais, numa agenda bastante ampla e que determinava importantes passos, como a conformidade com a legislação local (Compliance), e o atendimento a rígidas determinações corporativas igualmente adotadas em todo o mundo.
Eventos Corporativos locais, regionais e mundiais eram promovidos anualmente, para que cada unidade pudesse apresentar seus progressos e dividir experiências, no intuito de replicar as melhores práticas e soluções encontradas.
Um fato, num desses eventos, ocorrido em outro país da América Latina, que tive a oportunidade de participar e também de apresentar os resultados dos nossos trabalhos na unidade Brasil, me veio à memória: Um dos parâmetros que geravam pontos era a gestão do uso de água. Percentuais de redução anual do consumo eram sempre requeridos e um Gerente de uma das plantas da América Central, apresentou uma solução inusitada e, na minha opinião, bastante questionável: Com orgulho, indicou uma incrível redução no consumo de água da planta, devido a remoção de uma grande área gramada em volta da fábrica, substituída por pedras…
Ora, como justificar a remoção de vegetação, ainda que não nativa, e sua substituição por pedras? Pior, naquele momento, não houve nenhuma manifestação contrária à solução adotada. Talvez em parte para não expor o colega. Mas ainda assim, qual o limite para essas ações?
Trazendo para nossos dias e segmentando a ampla gama de itens envolvidos em ESG para a questão Meio Ambiente, vejamos se atualmente não corremos riscos semelhantes:
Muito se fala sobre a conservação do verde, e está correto, mas pouco se fala sobre a gestão do lixo e descartes de resíduos em países menos desenvolvidos.
Países tem adotado a eletrificação de frotas de veículos, porém ainda possuem matriz energética suja e altamente poluente (carvão, Diesel, Gás).
O Brasil, mesmo, vive o paradoxo de ter abundância de água potável e infelizmente um dos piores índices de acesso a água e saneamento do planeta.
Não seria bastante pertinente, que a agenda ESG fosse amplamente divulgada e difundida em nossa sociedade, com foco direto em soluções que gerem benefícios locais (cidades, vilas e aldeias) para que esse impacto benéfico fosse sentido por todos e não apenas os temas exclusivamente midiáticos, apresentados em eventos gigantescos em Paris, Genebra e Bruxelas?
Vivemos um tempo em que soluções devem ser buscadas e medidas adotadas num âmbito que una os três pilares ESG, o Ambiente, o Social e a Governança. Com a percepção dos resultados, a Sociedade adotará as práticas, tornando nosso mundo mais seguro, habitável e socialmente equilibrado.
Artigo elaborado por:
Marcelo Bispo Teixeira
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