HOME OFFICE! POR QUE AS EMPRESAS ESTÃO VOLTANDO PARA O PRESENCIAL?

Por que as empresas estão voltando para o presencial, mesmo nas atividades que não precisam ser feitas no local de trabalho?

Comecei ouvir muitas queixas de executivos em relação ao Home Office e estranhei. Antes mesmo da pandemia, aliás, um ano antes, nós da e1conceito, junto com 2 outros amigos consultores, preparamos uma palestra para falarmos sobre o tema, tendo em vista que, acreditávamos que, em breve, as empresas, no Brasil, precisariam pensar nisso. Falamos sobre políticas e normas, sobre legislação, sobre recursos, liderança à distância, entre outras coisas e depois de 1 ano, lá estavam todos que nos assistiram e nada fizeram, tendo que adotar o Home office, querendo ou não e, sem saber o que fazer, foram entrando nas casas dos seus colaboradores, sem preparo algum e, tendo que se ajustar, em todos os sentidos, rapidamente.

Agora, depois de anos, percebemos que muitos decidiram manter as atividades que podem ser feitas em Home, mas uma grande maioria, está voltando para o presencial. Se não todos os dias da semana, pelo menos 2 ou 3 dias e quando perguntamos o porquê do retorno, tendo em vista que, até os custos de locação de salas, transporte, e outros custos, tinham reduzido e, muitos executivos, diretores, proprietários, entre outros, têm falado coisas como:

– Eu não gosto dessa coisa de home office, prefiro ver o pessoal trabalhando aqui.

– Eu não gosto de trabalhar em casa – prefiro ir para o escritório (e acha que todos pensam igual).

– O pessoal faz corpo mole. A gente não sabe se estão trabalhando de verdade.

– Às vezes ligo e eles demoram para atender, acho que nem estão trabalhando.

– Acho bom o home-office, mas 2 dias está bom demais, entre outros comentários.

E, mais recentemente, comecei ouvir:

– Durante a pandemia a eficiência até aumentou, melhorou muito, mas quando a pandemia passou, parece que o pessoal resolveu trabalhar menos, por isso prefiro que seja presencial.

Isso tem me feito pensar muito sobre o que aconteceu na pandemia e o que os executivos entenderam sobre o que era trabalhar para a empresa, porém, em casa (o tal teletrabalho).

Durante a pandemia, continuamos fazendo o nosso trabalho para muitos clientes, à época, de home para home – on-line e, muita gente comentava que tinha trabalhado até tarde da noite, que tinha perdido o sábado e o domingo trabalhando, que o gestor pedia coisas em meio à noite e, também durante o almoço o que, aliás, tinha deixado de existir – horário de almoço e cafezinho.

Ouvindo tudo isso durante o home-office provocado pela pandemia e, as queixas das empresas em relação ao Home-office hoje em dia, não consegui deixar de pensar sobre o avanço da eficiência durante a pandemia e a queda, atual.

Na verdade, a eficiência havia melhorado ou o volume de horas de trabalho é que fizeram com que se produzisse mais e, não necessariamente, melhor? Era uma época de isolamento e, não tendo muito o que fazer, talvez, trabalhar mais e fora do horário poderia ser, quase uma terapia, mas…

Depois da pandemia, as pessoas passaram a cumprir os horários de trabalho e voltaram a ter vida social – academia, escola, cursos presenciais, passeios, lazer, convívio com familiares que estavam isolados, entre outras possibilidades, ou seja, voltaram a ter vida “normal” e, portanto, passaram a ter menos tempo extra para a empresa?

Então, senhoras e senhores, será que o Home Office deu errado ou está faltando entender que, os funcionários também têm vida além da empresa e que, tendo boas políticas, recursos e metas claras, obviamente, plausíveis – que não requeiram mais do que o volume de horas diário, legal, fica muito mais fácil gerenciar a equipe e obter os resultados esperados, ainda que, continuem fazendo home office?

Falando em São Paulo, antes mesmo da Pandemia, fizemos um evento porque entendíamos que o estado, especialmente a capital e arredores, não aguentaria mais tanta gente circulando –há pessoas que perdem 3, 4 horas diárias nos transportes e o tanto de carro na rua faz com que precisemos de mais de 1 hora para fazermos 15 Km e, já não tem mais horário bom.

Durante a pandemia, imaginávamos que isso melhoraria porque muitas empresas entenderiam que a mudança era boa em todos os sentidos, mas não. Hoje, São Paulo está intransitável. Voltamos à estaca zero, se não, pior.

Qual é o custo de tudo isso? Tanto para a cidade, as empresas, os funcionários? Agora ouve-se muito falar sobre as doenças psicossomáticas causadas pelo trabalho, aliás, vem aí um tal ajuste na NR 1, e empresas estão voltando a pensar em ter algum profissional para atender funcionários estressados, cansados, perdidos, desmotivados, tristes até.

Muita empresa pedindo trabalhos para integrar time e, especialmente, time que agrega diversas gerações e uma das queixas comuns têm sido: os jovens não querem se comprometer como os mais velhos, muitos perguntam se a vaga é Home-Office, não querem vir para a empresa, outros comentam sobre o tempo que não terão para outras atividades, já que, perderão horas no transporte.

Sempre é bom refletir sobre as possibilidades. A eficiência voltou a avançar ou, cansados de tanta perda de tempo, as pessoas estão chegando “desmotivadas, estressadas, cansadas, tristes”?

Áurea Grigoletti

jan2025

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